sexta-feira, 31 de março de 2017

Sobre o Guapiaçu Fora do Eixo 2017

A história desse pedal é meio engraçada. E mesmo depois de uns meses que aconteceu (e eu só consegui escrever agora) ainda tenho as lembranças vivas na minha mente. Vamos lá?

Descobri o passeio pelo site da Ativo, como o de Búzios. Vi em dezembro, próximo as festas de fim de ano e resolvi deixar para nos inscrever (Felipe e eu) em janeiro. Pois aí é que fica engraçado.
Quando decidi fazer a inscrição, no início de janeiro, procurei pelo blog do Ciclomacacu (Grupo que organizou o passeio) e achei as informações do evento. Lá achei o contato do Robson com quem fiz contato pelo Whatsapp. Conversando com ele pedi informações e ele prontamente respondeu e logo depois perguntou: "Você já tá inscrito?". Respondi que não e que planejava inscrever no dia seguinte. Foi quando ele me disse: "mas as inscrições já encerraram. E prorrogamos de 20/12 para 15/01 pra preencher as vagas restantes mas já acabaram". Isso foi em 05/01/17. Ele me informou que as inscrições abriram em 20/11/16.

Fiquei surpreso porque não percebi isso e logo murchei porque estávamos na expectativa pra esse passeio. Mas prontamente o Robson resolveu o "problema" quando perguntou: "Quantos vêm com você e de onde vocês vem?". Eu respondi e ele logo disse que era pra eu depositar o valor das inscrições no dia seguinte e tudo certo. Poderíamos ir sem problemas.

O barato disso tudo é que o evento é grande e eu não sabia. Super bem estruturado e contou com quase 300 ciclistas de todas as idades e bicicletas. Contamos também com o Seguro Porto Seguro que nos resguardou (valor incluso na inscrição), com café da manhã antes das largada, com pontos de apoio e hidratação ao longo do percurso onde distribuíram água, biscoitos e frutas, com carros e motos de apoio caso precisássemos, seja pra manutenção ou por cansaço, e um ônibus pra quem não aguentasse voltar pedalando após o almoço. Mega estrutura super bem preparada.

O percurso foi bem tranquilo saindo do centro de Cachoeiras de Macacu até a entrada da trilha, bem em frente a fábrica da Brasil Kirin. Mais ou menos 9 quilometros de percurso asfaltado. Aí pegamos terra mesmo e já começaram os "problemas" porque o número de ciclistas era grande pro início da trilha que afunilou todo mundo. Dá pra ver isso no vídeo. Muita gente subiu empurrando e tentei subir pedalando e até conseguiria mas o volume de pessoas era grande e acabei desequilibrando enquanto tentava não bater na bike de outra pessoa. Passado esse pedaço era praticamente um single track com uma bela paisagem e muitos ciclistas em "fila indiana" até chegarmos em alguma estrada de terra onde passavam carros.

Foram uns 15 ou 20 quilômetros até a primeira parada de apoio. Saímos da trilha e pegamos asfalto de novo por uns 2 km pra chegar nela. Lá tinha água a vontade, banheiros, biscoitos, pão e o pessoal aproveitava pra socializar com os outros ciclistas, saber de onde vinham, falar de outros pedais, etc. Jogar conversa fora mesmo pra dar uma respirada.
Até a segunda parada de apoio, numa igrejinha pelo caminho, foram mais uns 10 km. E o sol estava rachando! Fazia uns 39° mas a sensação era maior. Mais água nessa parada, fotos, brincadeiras, vídeos e risadas.
Daí pra frente foi "suave" porque já estava "acabando". Os últimos quilômetros até o destino seriam mais tranquilos. No fim saímos da trilha de terra de novo e pegamos asfalto por mais uns quilômetros até a escola onde rolou almoço pra galera, pago por fora. Rolaram sorteios de brindes dos patrocinadores do evento também. Almoçamos e decidimos pra onde iríamos. Teve quem foi pra cachoeira, quem foi pros balneários próximos e quem ficou na escola. Fomos a um balneário, estacionamos as bikes onde podíamos ver e refrescamos a cabeça. Ficamos por lá por +/- uma hora e decidimos voltar porque o tempo estava fechando. Felipe decidiu voltar no ônibus de apoio porque o joelho estava doendo e eu decidi pedalar a volta já que a jornada de volta era só pelo asfalto e fui pensando em ir e voltar pedalando.

Feito isso, fui com o Felipe até o caminhão que levaria as bikes de volta e tentei achar quem fosse voltar pedalando também. Depois de uns minutos e nada acordado, saí sozinho mesmo pegando informações com o pessoal no caminho. Afinal era uma rodovia a seguir apenas.
Segui estrada a frente e alguns quilômetros adiante vi um  ciclista parado no acostamento, parei  e e perguntei se precisava de ajuda. Ele disse que não era pra me preocupar pois esperaria o carro de apoio. Fui ver o problema e a corrente dele tinha estourado um elo. Eu levei a chave de corrente mas infelizmente o Power Link que levei (a toa) precisava de um alicate para fechar. Logo pensei que se tirasse o elo estourado e fechasse a corrente com os elos bons o problema seria resolvido. Foi feito e o colega que eu nem soube o nome (pq nem perguntei. Mas tb não importava né?) já estava de volta a estrada pedalando. Começou a chover como era esperado logo que cheguei ao ponto de apoio 2 (da ida) e abasteci as garrafinhas, fui ao banheiro e comi uns biscoitos. Não quis esperar a chuva esticar porque, na minha cabeça, o ônibus chegaria antes e Felipe estaria me esperando.

Até que o caminho de volta foi relativamente tranquilo. Nenhuma subia cascuda, chuva refrescando e pouco movimento na pista. Foram +/- 30 km de pedal voltando e só senti dores quando já estava chegando a Cachoeiras de Macacu. O ponto de encontro foi o ponto de partida. Cheguei lá e não havia ninguém. Estranhei. Rodei as ruas adjacentes, vi o carro do Felipe estacionado, perguntei a algumas pessoas sobre o ônibus e disseram que não tinha chegado ainda. Logo depois eu soube que o ônibus veio acompanhando o pessoal que voltou pedalando, na velocidade das bikes! Lógico que era uma medida de segurança do evento mas o pessoal que veio no veículo ficou estressado por isso. Esperei mais de meia hora até uma pickup chegar com algumas bikes na caçamba mas a do Felipe não estava lá. Gelei a primeira vez. Logo lembrei que outro caminhão traria bikes também. Mas logo gelei de novo e pensei: "e se o Felipe teve algum problema pra pegar o bus, e pra não se irritar, voltou pedalando?". Isso faria a espera aumentar porque ele estava com o joelho ferrado e viria devagar, sofrendo. E a chave do carro tinha ficado com ele porque ambos pensamos que ele chegaria primeiro. Não pude fazer mais nada a não ser esperar.

Quando o ônibus finalmente chegou, 1 hora depois, Felipe estava nele. Ufa... O caminhão com a bike dele veio logo depois. Peguei a bike dele enquanto ele descia e fomos pro carro, amarrei as bikes na caçamba, pusemos uma roupa seca e viemos embora pra casa. Nó caminho ele me contou o que houve e minha suspeita estava certa. Ele viu que rolou alguma confusão com o lance do ônibus e resolveu voltar pedalando, mesmo com dores. Uns três quilômetros a frente o ônibus alcançou ele e deram um jeito de por a bike dele no caminhão e ele no ônibus.

O relato ficou longo mas... Os registros no Strava e o vídeo (que ainda sofrerá mais uma edição incluindo o que gravei no celular) mostram um pouco o percurso.




Registros no Strava da ida e volta.


     

Legenda: Print Screen da tela do celular, do app Strava (uma  laranja com a palavra "pedalada" em branco, com o título do evento e a data (29/01/17). Abaixo, as imagens dos mapas de ida e volta e abaixo dos mapas os dados da pedalada) mostrando o registro da pedalada descrita nesse texto em Cachoeiras de Macacu, "Guapiaçu Fora do Eixo 2017". O registro de ida, a esquerda, foi de 39,8 km totais em 2:30 horas, com média de velocidade de 15,9 km/h. o registro da volta, a direita, foi de 30,3 km totais em 1:44 hora, com média de velocidade de 17,4 km/h.


Foi um ótimo passeio. Até o próximo. ;-)

terça-feira, 28 de março de 2017

Sobre o Podcast Beco da Bike

Vamos começar do início. O Beco da Bike é um podcast sobre ciclismo. Mas Babo, o que é um podcast?
Segundo o Mundo Podcast, podcast é uma mídia de transmissão de informações, bem como a TV e o rádio, mas essa mídia é muito recente principalmente aqui no Brasil, onde atinge muito pouca gente. Na minha opinião, os podcasts são como bate-papos informais entre amigos/colegas a respeito de um assunto. Imagine o que um grupo de amigos, biólogos, conversariam numa mesa de bar sobre Evolução, sendo que um é especialista em paleontologia, outro em ecologia, o outro tá se formando, outro é cético sobre evolucionismo, etc. Seria uma conversa rica com pontos e contrapontos, fatos e achismos, mas muita informação boa seria compartilhada. É assim que vejo o podcast. Como uma mídia informal onde conhecidos falam de n assuntos dos mais diversos, mas tudo sendo gravado e depois compartilhado na internet para quem tiver interesse em ouvir.

E porque cargas d'água alguém falaria sobre ciclismo assim? Porque sim oras! Porque quem é apaixonado por bicicleta fala disso. Porque quem pedala e já participou (ou participa) de grupos de pedal locais falam sobre ciclismo. Porque tem muita gente que pedala e não faz ideia de um montão de coisas que dizem respeito ao mundo ciclístico. Porque uma pessoa vê a bicicleta de um jeito e outra, de outro jeito e o podcast faz com que o conhecimento sobre a bicicleta seja ampliado e alcance muitos. Porque há muitas dicas a serem compartilhadas. Porque... chega né? já dei motivos suficientes.

O Beco começou pela ideia do Werther, que é um apaixonado pela bicicleta. Ele é membro do Scicast (Podcast sobre ciência que tive o prazer de participar tempos atrás) que é um podcast muito bom e que sou ouvinte fiel desde quando os episódios eram divididos em 2 partes. Na formação fixa do Beco da Bike tem o Werther, o Pena e o Felipe. Sempre contando com um convidado, que no caso do episódio de BTT (ou MTB), fui eu.

O Beco trata de muitos assuntos do universo do ciclismo desde a história da bicicleta até a alimentação do ciclista, passando pelas modalidades e relatos de histórias de cicloviagens. Sempre com muito bom humor e descontração,  muita informação boa e dicas interessantes além de criar laços entre os ouvintes que fazem parte do clube do Beco no Strava. Se quiser entrar no clube, clica no link que deixei e diz que conheceu o clube porque leu sobre o Beco no Blog do Babo. Ficarei feliz em saber que teve gente que leu aqui, conheceu o podcast e foi lá no clube participar.

Se importa saber, podcast é a mídia que mais consumo hoje em dia. Divido meu tempo "livre" entre eles e séries ou músicas, mas sempre estou ouvindo um. Tem podcast pra todo gosto, diga-se de passagem. De "besteirol" à política internacional, de ciências a cinema, de nutrição ao universo nerd/pop e religião. Deixo aqui um norte pra quem não conhece e quer conhecer, comece conhecendo o Portal Deviante ou o B9.

Atualmente estou ouvindo esses:

Beco da Bike
Scicast
PodcastNBW
Xadrez Verbal
Ponto G
Mundo Freak
Nerdcast
Gugacast
Livrocast
Fronteiras da Ciência
Temacast
PQPcast
TPMcast
Tribo Forte

E ouço tb, com menos freqüência, o Braincast, o Mamilos, o Projeto Humanos (gosto muito desse!) e certamente estou esquecendo de mais algum.

No mais é isso. Vá lá no Twitter do Beco da Bike ou no clube do Beco no Strava dar um alô e diz que soube dele por aqui.

"Beco da Bike. O podcast onde os ciclistas se encontram!"

Abraços.

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